02 dezembro, 2008

Treinador de Voleibol

Sou treinador de voleibol desde 1999 e esta experiencia tem sido excelente. São praticamente 10 anos como treinador. Tudo surgiu naturalmente (em 1998), porém tive alguns treinadores e professores que influenciaram as minhas opções. Uns indirectamente, mas sempre conscientemente e outros de uma forma mais directa. E só após alguns anos e conversas posteriores é que cheguei a algumas dessas conclusões (influências indirectas nas nossas opções, mas cuja influencia teve uma intenção consciente), tal e qual como o episódio que o Bernardinho Rezende conta no seu livro "Transformando Suor em Ouro" do seu treinador "Bené":
" - Bené, me explica um coisa: por que, sempre que brigava com meu irmão, você me expulsava do treino e nunca tirava ele, que não queria nada?
Resposta do velho treinador:
- Justamente por isso. porque seu irmão não queria nada. Se eu o mandasse embora, talvez ele não voltasse mais e eu precisava dele no time. Já você estava tão envolvido no vôlei que eu tinha a certeza que voltaria sempre."
A capacidade de Bené para motivar os jovens estava ligada à sua sabedoria em entender os atletas, desvendando seus talentos e suas limitações, identificando os botões correctos a serem apertados. O do desejo? O da melhora da auto-estima?"
Como treinador tenho aprendido a melhorar a definir objectivos e nestes últimos anos tem sido importante essa definição. Ainda hoje encontrei um papel que normalmente faço no final de cada ano e verifiquei que já atingi todos os objectivos que tinha definido para 2008. Tenho crescido como pessoa e treinador e tenho ajudado outras pessoas a atingir objectivos. É muito bom verificar que atingimos um objectivo e que cada vez mais nos aproximamos do nosso sonho. Claro que há aspectos a melhorar e a luta continua diariamente, tal como disse Aristoteles: "O sucesso e a excelência é um hábito" e "é na utilização de forma prodigiosa do subconsciente que reside em última instância a chave do sucesso". A partir deste ponto, a programação da nossa neuro-linguagem é uma luta diária, como nos refere a definição de saúde "não é só a ausência de doença, mas a procura de um completo bem-estar físico, psicológico e social".
Assim, devemo-nos programar para que o nosso dia a dia seja envolto de sucesso. Por exemplo, tentar aprender com os melhores!!! Hoje em dia podemos acompanhar praticamente qualquer blog de jogadores profissionais: Giba (BR), Ryan Millar (US), Miguel Maia (PT) e verificar o que é que eles andam a fazer. Ou melhor ainda, conversar com eles, escrevendo nos blogues, ou trocar emails.
Mas entre treinadores, a velocidade de troca de experiencias e conclusões é impressionante. Em jogos, antes ou depois, a troca de informações subtis, são cruciais para o desenvolvimento de qualquer treinador.
Sem dúvida que o meu próximo passo é deixar de ser treinador principal e aprender como adjunto numa equipa de top e/ou treinar uma equipa com objectivos bem definidos mas com um treinador adjunto (um "seguidor" meu ou um legado).
Uma das principais diferenças neste ano é que estou a aprender com um humilde treinador de 61 anos que se senta no meu banco como meu adjunto. Treinou equipas como River Plate (Arg) e é natural do Chile. Aprendo com outro grande treinador que já levou a equipa que treino (Turismo de Vigo 08/09) à principal divisão de Espanha (Superliga A), Celso Veloso. Ou então, as minhas longas conversas com o director técnico do Teis de Vigo.
Sei que o céu é o limite e que tenho de lutar, aprender e demonstrar imenso para atingir o meu sonho, mas é pra isso que VIVO. Sou treinador de voleibol porque escolhi este caminho e quero "aquela medalha".
Umas das frases que me levou a escolher a carreira de treinador de voleibol:
"Se queres ser mesmo bom naquilo que fazes, tens de o fazer apaixonadamente 3h por dia durante 10 anos..."

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