O jogo entre Turismo de Vigo e Universidad Valladolid Nodalia a contar para a Liga FEV Feminina foi um resultado (in)esperado. Como é possivel aprender tanto com um jogo?
São incríveis as conclusões que podemos tirar depois de um jogo. Porque jogamos assim? É assim que treinamos? Será que a estratégia utilizada pode ser generalizada, ou o discurso antes do jogo (reunião de preparação para o jogo) não funcionou com esta equipa e/ou neste momento?
Tudo surgiu como uma bomba... Perder um jogo que garantia, praticamente, a permanência na Liga FEV não estava nos planos... Ou melhor, um conjunto de factores, faziam prever este desfecho, mas não estava planeado... Ainda por cima 3-0.
Como refere Bernardinho Rezende no seu livro "Transformando Suor em Ouro" É obrigação do treinador, do líder, buscar em si mesmo as causas do insucesso e assumir responsabilidades em vez de recorrer a desculpas. Tendo isto em conta, decidi colocar o meu lugar disponivel em frente às atletas no final do jogo e à direcção no dia seguinte.
Sem efeitos dos "poucos"/ nenhuns treinos (pavilhão fechado por causa do temporal) a equipa jogou mal. Erros básicos de serviço, recepção, distribuição e praticamente nenhum sucesso no ataque, bloco e defesa. Foi o bater no fundo do poço. Mas assumi as responsabilidades, em vez de me desculpar. Tentei devolver a paixão e compromisso às jogadoras: "Se não houver paixão, se não houver compromisso, tudo o mais é inútil". Dialogamos! Eu ataquei com fraca assiduidade e elas responderam com "falta de motivação"! Este foi o passo mais importante: o diálogo. Até referi o "diálogo entre treinador<->equipa" é essencial no processo de ensino/aprendizagem. Estamos todos a aprender (as jogadoras a valorizar o seu trabalho e eu a aprender a ser um melhor treinador).
Por vezes sinto e digo: "se tivesse o dobro da idade, vocês já acreditariam em mim". Mas nem é o facto das atletas não acreditarem no meu trabalho, é que, simplesmente, não sei o que é que elas sentem em relação ao trabalho realizado.
Mas com isto aprendi as mesmas lições que Bernardinho passou (mas noutras dimensões, claro). Com este jogo aprendi :
-->Assumir as responsabilidades e tentar extrair lições das derrotas para não repetir erros.
--> O verdadeiro líder deve manter-se sempre atento aos seus colaboradores (saber quando deve incentiva-los mais, saber desafiar ou não pressionar em determinada fase).
Existe outra frase que faz parte da minha filosofia: "diz-me como treinas e dir-te-ei como jogas". Por isso, fiquei totalmente chateado com a forma de jogar da equipa. É que não tinha a ideia que estava a treinar assim. Não tinha a mínima ideia! Mas, não terá sido da pressão causada pela dimensão do jogo? Provavelmente, o erro fatal foi fazer-lhes mostrar a importância daquele jogo, em vez de direccionar o foco para a sua prestação ténico-táctica e capacidade de controlar a sua forma de jogar.
São incríveis as conclusões que podemos tirar depois de um jogo. Porque jogamos assim? É assim que treinamos? Será que a estratégia utilizada pode ser generalizada, ou o discurso antes do jogo (reunião de preparação para o jogo) não funcionou com esta equipa e/ou neste momento?
Tudo surgiu como uma bomba... Perder um jogo que garantia, praticamente, a permanência na Liga FEV não estava nos planos... Ou melhor, um conjunto de factores, faziam prever este desfecho, mas não estava planeado... Ainda por cima 3-0.
Como refere Bernardinho Rezende no seu livro "Transformando Suor em Ouro" É obrigação do treinador, do líder, buscar em si mesmo as causas do insucesso e assumir responsabilidades em vez de recorrer a desculpas. Tendo isto em conta, decidi colocar o meu lugar disponivel em frente às atletas no final do jogo e à direcção no dia seguinte.
Sem efeitos dos "poucos"/ nenhuns treinos (pavilhão fechado por causa do temporal) a equipa jogou mal. Erros básicos de serviço, recepção, distribuição e praticamente nenhum sucesso no ataque, bloco e defesa. Foi o bater no fundo do poço. Mas assumi as responsabilidades, em vez de me desculpar. Tentei devolver a paixão e compromisso às jogadoras: "Se não houver paixão, se não houver compromisso, tudo o mais é inútil". Dialogamos! Eu ataquei com fraca assiduidade e elas responderam com "falta de motivação"! Este foi o passo mais importante: o diálogo. Até referi o "diálogo entre treinador<->equipa" é essencial no processo de ensino/aprendizagem. Estamos todos a aprender (as jogadoras a valorizar o seu trabalho e eu a aprender a ser um melhor treinador).
Por vezes sinto e digo: "se tivesse o dobro da idade, vocês já acreditariam em mim". Mas nem é o facto das atletas não acreditarem no meu trabalho, é que, simplesmente, não sei o que é que elas sentem em relação ao trabalho realizado.
Mas com isto aprendi as mesmas lições que Bernardinho passou (mas noutras dimensões, claro). Com este jogo aprendi :
-->Assumir as responsabilidades e tentar extrair lições das derrotas para não repetir erros.
--> O verdadeiro líder deve manter-se sempre atento aos seus colaboradores (saber quando deve incentiva-los mais, saber desafiar ou não pressionar em determinada fase).
Existe outra frase que faz parte da minha filosofia: "diz-me como treinas e dir-te-ei como jogas". Por isso, fiquei totalmente chateado com a forma de jogar da equipa. É que não tinha a ideia que estava a treinar assim. Não tinha a mínima ideia! Mas, não terá sido da pressão causada pela dimensão do jogo? Provavelmente, o erro fatal foi fazer-lhes mostrar a importância daquele jogo, em vez de direccionar o foco para a sua prestação ténico-táctica e capacidade de controlar a sua forma de jogar.
Equipo | J | G | P | PS | SF | SC | PF | PC | Pts |
5 | C.V. Marineda | 10 | 6 | 4 | 0 | 21 | 15 | 826 | 786 | 16 |
6 | A.D. La Curtidora | 11 | 5 | 6 | 0 | 22 | 22 | 960 | 944 | 16 |
7 | cvleganes.com | 11 | 4 | 7 | 0 | 19 | 24 | 970 | 1010 | 15 |
8 | Universidad Valladolid Nodalia | 11 | 1 | 10 | 0 | 8 | 30 | 683 | 909 | 12 |
9 | Turismo de Vigo | 10 | 2 | 8 | 0 | 7 | 27 | 669 | 816 | 12 |
Posto isto, a direcção do Xuvenil Teis de Vigo apostou na minha continuidade no comando da equipa, acreditando no bom trabalho que tenho vindo a desempenhar (trabalho esse que não é visível em termos de resultados). Das 9 equipas da Liga FEV (Grupo A - Norte de Espanha) 6 são profissionais/semi-profissionais com muitas estrangeiras (2 a 3 titulares em cada equipa).
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